Era difícil prever o crescimento do gaming nos smartphones quando apareceram os primeiros jogos mobile. Ainda mais imaginar que um dia pudessem competir com os computadores e com as consolas tradicionais.

Recuando aos primórdios, recordam-se jogos como Snake, em que o objetivo era contornar obstáculos com uma cobra. Atualmente, com jogos mais complexos (e não só), a indústria do mobile gaming é a que gera mais receita em todo o mundo.

Snake foi um dos primeiros jogos disponíveis para telemóvel

Há muito tempo que os smartphones não servem “apenas” para comunicar, apontar notas, ou tirar fotografias. Hoje, estes dispositivos dispõem de um leque de aplicações que permite fazer quase tudo, incluindo jogar.

Estima-se que cerca de três mil milhões de pessoas têm um smartphone e que dois terços dessas pessoas jogam regularmente nos seus dispositivos. Este dado fez do mobile gaming o fenómeno que é hoje. 

Em 2019, o smartphone ultrapassou a receita dos outros dispositivos de gaming e que em 2020 atingiu a marca dos 65 mil milhões de euros. PC obteve receitas na ordem dos 30 mil milhões de euros. As consolas convencionais, como a Playstation da Sony, a Xbox da Microsoft ou a Nintendo Switch, faturaram 35 mil milhões. Estatísticas estas obtidas pela empresa de análise de dados de gaming Newzoo.

A “explosão” do gaming em smartphones

Este “boom” do ano passado deveu-se muito à pandemia de covid-19. É de salientar que nem toda a gente possui um computador ou uma consola para jogar, mas quase toda a gente tem um smartphone. A junção destes dois fatores catapultou a indústria do mobile gaming.

Com o confinamento e o encerramento dos espaços de lazer, os smartphones distanciaram-se como a ferramenta de entretenimento mais lucrativa do mundo. Cada vez mais se encontram telemóveis com boa capacidade e prestação a preços acessíveis, alargando assim o número de utilizadores de smartphones.

O lucro gerado pela indústria explica-se através do dinheiro gasto dentro das próprias aplicações. Os jogos, na maior parte dos casos, são gratuitos, mas permitem aos utilizadores gastar dinheiro para potenciar a experiência. Compra de personagens, tempo ilimitado de jogo, oportunidades adicionais, entre outras recompensas.

Este tipo de “aliciamentos” é recorrente nos jogos mobile

O outro grande gerador de receita nesta indústria é a publicidade. Estudos indicam que os utilizadores de jogos de smartphone têm maior probabilidade de ver vídeos publicitários para desbloquear prémios.

Grandes empresas, como a Activision Blizzard, a Apple ou a Google, já deram conta do potencial lucrativo do mobile gaming. Em 2015, estas duas últimas empresas, que detém as principais lojas de downloads, lucraram mais de 22 mil milhões de euros em todo o mundo. Valor que triplicou nos cinco anos seguintes.

Os jogos da ribalta

Há uma longa lista de jogos que atingiram marcas de downloads impressionantes. Um dos casos é o de Pokémon Go. A Nintendo, com o objetivo de relançar a famosa saga de jogos, reinventou o conceito e lançou uma nova versão em 2016. Os jogadores “caçam” Pokémon’s nos sítios por onde passam no mundo real. Isto criou uma febre à volta deste jogo, aumentando consideravelmente o número de vendas de jogos da saga Pokémon e outros da própria Nintendo, e o tornou numa das aplicações com maior número de downloads: um valor cumulativo de mais de mil milhões.

Também os conhecidos jogos de Battle Royale vieram revolucionar o mercado do mobile gaming. Os primeiros foram Fortnite e PUBG. O Fortnite, depois de triunfar nas consolas tradicionais, lançou a versão mobile e, em 2019, foi descarregado mais de 30 milhões de vezes. Em 2020, Fortnite continuou em altas e só em abril alcançou seis milhões de downloads.

Na mesma maré está o PUBG, da Tencent, que, desde 2018, conta com um número de downloads acima dos mil milhões em smartphones. A Activision Blizzard apercebeu-se do sucesso deste tipo de jogos e lançou o Call of Duty: Warzone e o Call of Duty Mobile para telemóvel. O feedback foi imediato e até hoje já foi descarregado 500 milhões de vezes. A receita gerada por estes jogos acaba por ser muito significativa: as empresas lucram milhares de milhões anualmente.

Desde o seu lançamento, o Call Of Duty Mobile atingiu números impressionantes

Existem outros casos de grande sucesso de jogos que já foram lançados há mais tempo, como Candy Crush Saga. Cinco anos após o seu lançamento em 2012 contava com mais de três mil milhões de downloads. Subway Surfers com cerca de dois mil milhões. E Fruit Ninja com mais de mil milhões.

Os smartphones de gaming

Por outro lado, as empresas de smartphones também já estão a apostar no mercado do mobile gaming há alguns anos. Assim sendo, começaram a lançar smartphones próprios para jogar.

Na nossa loja podes encontrar alguns desses aparelhos muito fiáveis. A série M da Samsung oferece opções bastante tentadoras em termos de qualidade-preço. Os M12 com 4GB de memória RAM e armazenamento variável e um processador Exynos 850, prometem muitas horas de jogo de qualidade. Por outro lado, os Asus ROG, com uma capacidade superior, são mais caros mas têm uma performance topo de gama. O Asus ROG, especialmente feito para jogar, conta com 12GB de RAM e um processador Snapdragon 888. Estes telemóveis estão artilhados com características que agradam a qualquer mobile gamer.

A indústria do mobile gaming está a crescer todos os anos e não se espera que abrande. Estima-se que em 2023 atinja a marca dos 85 mil milhões de euros gerados anualmente e que até 2026 chegue aos 100 mil milhões.

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[…] que cresça novamente e que ultrapasse os valores gastos em 2021. A meio do ano, publicámos um artigo no blog precisamente a reportar o crescimento do mobile gaming e de como já é a forma de gaming […]

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[…] O mobile é o segmento do gaming que está a crescer mais. A Activision Blizzard detém o estúdio King, que desenvolveu o jogo Candy Crush, um dos jogos mais populares de todos os tempos. A Microsoft tem uma presença quase nula neste ramo. Dessa forma, pretende afirmar-se no mobile gaming e crescer substancialmente no mercado mais lucrativo do gaming. […]